terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Interstellar X Lucy e o mito moderno.

InterstellarEste é o último texto de 2014, mas não o ultimo do Acirrando já que o blog volta ano que vem reformulado, mas o assunto de hoje e cinema de ficção cientifica. Como alguns leitores podem ter notado em meus textos, não sou facilmente influenciável pelos modismos cinematográficos. Sempre fui fã do cinema e televisão, mais não caiu no conto da mistificação de certos diretores e atores, como é comum hoje. Mais vamos ao assunto.

Interstellar é um filme anglo-americano de ficção científica de 2014 dirigido por Christopher Nolan. Ele conta a história de um grupo de exploradores espaciais, Matthew McConaughey (Cooper), Anne Hathaway (Brand), que viajam através de um buraco de minhoca para averiguar possíveis locais para uma nova Terra. O roteiro e trabalho de quatro mãos (os irmão Nolan), com ajuda informar do físico teórico Kip Thorne.

Sinceramente estão gabando demais; e ele é mais um da linha dos filmes “endeusamento da raça humana”. O pieguismo açucarado chegar a doer em que é diabético. Não faltou nem a menina birrenta Murph (Mackenzie Foy), nem o adolescente imbecil Tom (Timothée Chalamet) que vira adulto idiota. Como sempre neste tipo de “película” o ser sintético (TARS) é sacrificado em beneficio da raçinha escrota.

As pessoas associam a 2001 - Uma Odisséia no Espaço de Kubrick e Clarke. E por ser um filme do Nolan (o “cara” do Batman) acharam que seria “mega fodastico”, alguns não gostaram do resultado. Desculpe-me, mais aqui não tem Heath Ledger morto por overdose para catapultar o filme a “Cult”.

LucyO lendário “Nolismo” acabou por encobrir Lucy um filme de ação franco-americano dirigido, escrito e produzido por Luc Besson, com Scarlett Johansson como personagem-título, e Morgan Freeman como o Professor Norman. Com seu orçamento modesto de 40 milhões de dólares, arrecadou mais de 458 milhões, se tornando um enorme sucesso de arrecadação e provando mais uma vez que não precisa de muito para se fazer filmes.

O filme recebeu muitas criticas positivas, aclamando a performance de Scarlett Johansson, os efeitos especiais e as cenas de ação. Mais foi muito criticado pelo mito da capacidade cerebral que resulta em poderes e habilidades sobre humanas e por ser um filme muito complexo para se compreender de imediato. E, mais ninguém falou do "farm boy ultra mega fodastico, piloto, engenheiro e ladrão de drones" e a crença no amor do Nolan.

Sinceramente os filmes não são lá essas coisas, mais são exemplos do mito moderno destrinchado por Joseph Campbell. Isso acabou por me levar a iniciar a leitura de O Poder do Mito e ter uma decepção logo de cara. Notei que lendas quando entram no inconsciente coletivo, não sai de jeito nenhum. O próprio Campbell não escapa disso, pelo menos e o que deixa transparecer em sua crença no mito americano, e da deusa. Porra Campbell até tu. Foi uma falha minha não ler a obra completa dele; achei que sua visão era isenta, mais foi ledo engano.

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