quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Games, Cabeça de Cuia ataca.

The_Last_NightMaryEm o “Mundo “gamer” quadrado, Minecraft”, falei em algumas manias recentes, mas me esqueci de mencionar a memoria falsa sobre o passado do mundo dos jogos eletrônicos. Pois é, a maioria tem uma lembrança de algo que não viveu, ou simplesmente associou alguma coisa a uma determinada marca que em muitos casos, aqui foi praticamente inexistente. Isso me ocorreu depois que notei a profusão de “point-and-clicks” e “RPGs 2D” “pixelados”.

Talvez a primeira falsa memória seja o domínio de consoles como NES, e de computadores como os IBM PCs, em plena década de 80. Nesta época a base instalada era de Atari, TRS, Apple e Sinclair, e logo mais tarde MSX. O maior contato com “NES”, eram de seus clones (famiclones) posteriores a 1990.

Já o PC era avis rara, e só iria começar a aparecer primeiro nos escritórios no final da década de 80, para só depois no final de 90, aparecer nas casas. Isso não quer dizer que alguns privilegiados não possuíssem tais aparelhos, mas eram exceção, e não a regra. Mas vamos ao ponto.

Em meados da década de noventa a maioria dos jogos para o PC eram em via de regra, “adventures”, “point and click”, como os clássicos jogos da Lucas Arts, mesmo alguns com mecânicas de ação como os pioneiros jogos de terror. Agora compare como a maioria dos jogos “indie” feito por brasileiros em pleno século XXI são parecidos a estes clássicos, sim a maioria tenta reinventar a roda. E chegamos em.

The Last NightMary - A Lenda do Cabeça de Cuia é um “point and click” clássico com imagens de fundo estáticas em primeira pessoa desenvolvido em Unity e publicado pela Submersivo Game na Steam em 2015 pelo seu Greenlight. O projeto é baseando em trabalho de conclusão de curso da UFPI.

O Jogo possui uma ambientação bem feita, apesar, de pouca animação, um enredo interessante, mas um “gameplay” que peca devido a limitação do estilo escolhido pelos desenvolvedores. É um show de direita, esquerda, frente e atrás, procure, ache e click.

Se vale a pena? Talvez, se estiver em promoção, pela facilidade de se obter as conquista, se for um caçador, ou pelas cartas colecionáveis, se pretender dar um “up” no seu nível Steam. Ele é tipicamente um jogo casual, para passar o tempo. Mas o roteiro é interessante.

O desenvolvimento de games no Brasil se foca em um “old game”, nos “obrigando” a ver uma profusão de “adventure” “point and click” clássicos, feitos por jovens. O mesmo se pode dizer dos estúdios estrangeiros com uma onda de jogos “16-bits”, e herdeiros da LEGO, se que me entende.

Algumas produtoras tentam renovar como a francesa Quantic Dream e a “americana” Telltale - sem contar muitas outras perolas escondida - mas à maioria se foca no saudosismo barato, e na onda “pixeladas” em uma verdadeira onda caça-níqueis. Boas festas.

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